domingo, 21 de agosto de 2011

O Boto



O boto é um mamífero da ordem Cetacea, nativo da Amazônia e das costas do Atlântico, Pacífico, Índico, Mar Adriático, Mar Arábico, Mar Cáspio, Mar Vermelho e Golfo Pérsico parecido com um golfinho. Os botos são dos poucos únicos mamíferos dessa ordem vivendo exclusivamente em ambientes de água doce, sendo considerados por alguns zoólogos como as espécies atuais mais primitivas de golfinhos.




O boto-cinza, golfinho-tucuxi ou tucuxi (Sotalia fluviatilis, da família Delphinidae) é dividido geralmente em duas subespécies, uma marinha e outra fluvial. A marinha, S. f. guianensis, distribui-se no Atlântico, a partir de Florianópolis (Santa Catarina, Brasil) para o norte. A aquática, S. f. fluviatilis, vive nos rios da Amazônia

Boto tucuxi
O boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) é um golfinho fluvial presente nas bacias dos rios Amazonas e Orinoco, pertencente à família dos iniídeos, e ao gênero Inia. Partilha parte da área de ocorrência com o tucuxi (Sotalia fluvitialis), que não é um golfinho estritamente fluvial, entretanto pode ser diferenciado facilmente pelo tamanho e pela coloração característica. Também é conhecido pelos nomes de boto-branco, boto-vermelho (português); Amazon river dolphin, boto, pink river dolphin (inglês); dauphin de L'Amazone, inia (francês); e bufeo (espanhol). 

O boto-cor-de-rosa está no amplamente distribuído pelos principais rios das bacias do Amazonas e Orinoco, através da Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil. podendo ser encontrado nos rios principais, tributários, lagos e nas épocas de cheia, nas planícies e florestas inundadas. Não tolera águas salobras, por isso não é encontrado nos estuários tanto do Amazonas quanto do Orinoco.







O boto nos mitos

A Lenda

Na mitologia Amazônica, encontramos o Boto Rosa, que tem o poder de emergir das águas do rio a noite, e se transformar num belo homem, para seduzir as muheres que se sentem atraídas pelo seu estranho fascínio.
Apresenta-se sempre de terno branco e traz na cabeça um chapéu também branco para ocultar os orifícios que estão em sua cabeça e pelos quais respira. A inexistência no Brasil de dados mais concretos até o século XVIII, faz supor que a lenda seja de origem branca e mestiça, com projeções nas culturas indígenas e ribeirinhas.

O boto nos mitos

Diz uma lenda amazônica que o boto se transforma e vai às festas da região, ele vira um homem bonito e forte, bem atlético magro e musculoso, um rapaz vestido de branco, bronzeado e muito perfumado que convida as moças para dançar e depois as seduz, mas o boto nunca tira o chapéu para esconder seu segredo, um buraco na cabeça por onde ele respira, ele também toma muito cuidado para ir embora das festas antes do amanhecer.

Por isso, toda a donzela era alertada por suas mães para tomarem cuidado com flertes que recebiam de belos rapazes em bailes ou festas. Por detrás deles poderia estar a figura do Boto, um conquistador de corações, que pode engravidá-las e abandoná-las.
A lenda serve como pretexto para moças justificarem a gravidez sem casamento. "Foi o boto", dizem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário